Teste de Lachman

lachman

Teste de Lachman na avaliação da integridade do Ligamento Cruzado Anterior. No teste do ligamento do joelho esquerdo, veja que o examinador coloca a mão direita na parte anterior e distal do fêmur e a mão esquerda na parte posterior e proximal da tíbia.

O teste de Lachman busca avaliar a integridade do ligamento cruzado anterior. Para isto, deve-se colocar o paciente em decúbito dorsal, com membros inferiores estendidos e relaxados.  Em seguida, flexiona-se o joelho do paciente em aproximadamente 20º. Agora, o examinador posiciona uma das mãos na porção distal do fêmur e a outra mão na parte proximal da tíbia ipsilaterais, Por exemplo, ao se examinar o joelho direito, o examinador coloca-se à direita do paciente, põe a mão esquerda na porção anterior e distal do fêmur direito e a mão direita na porção posterior e proximal da tíbia ipsilateral e realiza movimentos antagônicos, isto é, a mão esquerda empurra o fêmur para baixo e a direita para cima. O examinador deve realizar movimentos antagônicos  com as mãos, no intuito de anteriorizar a tíbia em relação ao fêmur. O Teste é positivo quando o se observa anteriorização excessiva da tíbia em relação ao fêmur, indicando comprometimento do ligamento cruzado anterior.

 

Teste da Gaveta Anterior

teste da gaveta anteriorO Teste da Gaveta Anterior é um importante teste semiológico que avalia a integridade do ligamento cruzado anterior. Este ligamento está localizado intrarticularmento no joelho, com origem no côndilo lateral do fêmur e inserindo-se no platô tibial medial, fazendo um trajeto de lateral para medial, tendo-se como referência sua origem no fêmur, ou trajeto de medial para lateral, como preferem alguns autores. Ele é responsável por impedir uma anteriorização excessiva da tíbia na deambulação.

Para avaliarmos este ligamento é importante observar que não é indicado fazer a manobra semiotécnica quando o paciente encontra-se em quadro agudo de dor, ou assim que o trauma tenha ocorrido.

No teste da Gaveta Anterior, coloca-se o paciente em decúbito dorsal, com membros inferiores estendidos e relaxados, em seguido flexiona-se o joelho, do qual se quer analisar o ligamento cruzado anterior, em aproximadamente 70º. Feito isso, o examinador senta-se, de forma a apoiar e fixar a tíbia, sobre o pé ipsilateral, coloca as mãos no joelho do paciente, de forma que os polegares se coloquem na linha interarticular entre o fêmur e a tíbia, e os demais dedos na panturrilha do paciente. Em seguida, o examinador faz movimentos de aproximação com a tíbia, como se estivesse tracionando o membro para próximo de si. O teste positivo evidencia-se quando há deslocamento anterior excessivo da tíbia em relação ao fêmur.

Epicondilite Lateral e Medial – Propedêutica

cotovelo-anatomiaEpicondilite Lateral:

O epicôndilo lateral é o local de origem dos músculos responsáveis pela extensão do punho e dos dedos. Dados esforços repetitivos, exigidos em alguma profissões, como dentistas, carpinteiros e atletas como tenistas, tornam comum essa enfermidade que, por certos autores, é conhecida como “Cotovelo de Tenista”.

Para de identificar o cotovelo de tenista deve-se, de início, palpar a região do epicôndilo lateral, em busca de evidências de lesões. Em seguida, deixa-se o cotovelo em semiflexão, em posição relaxada e palpa-se levemente o epicôndilo lateral com uma das mãos, enquanto a outra mão se coloca sobre a face dorsal do mão do paciente, Solicita-se ao paciente que execute movimento de extensão, com a mão espalmada, contra a resistência do examinador que avalia o movimento e as fáceis de dor do examinado.

Epicondilite Medial:

Desta vez, analisa-se o epicôndilo medial, local de origem dos músculos flexores do punho e dos dedos. É também chamado de “Cotovelo de Golfista”.

Faz-se a palpação da região do epicôndilo medial, estando o cotovelo semifletido e a musculatura relaxada. O examinador mantém palpada a origem dos músculos no epicôndilo medial e, estando o punho do paciente cerrado, com a outra mão localizada na face palmar do paciente, o examinador solicita que seja executado movimento de flexão do punho, sempre observando a movimento executado e a facies de dor expressa.

Teste de Adson

adsonAlfred Washington Adson (1887–1951) foi um cirurgião norte-americano pioneiro em neurocirurgias e cirurgias vasculares. Contribuiu significativamente para o desenvolvimento dessas duas especialidades e, até hoje, empresta seu nome a diversos instrumentos, síndromes e manobras, como a manobra de Adson.

A manobra de Adson é importe para verificação de uma enfermidade conhecida como Desfiladeiro Torácico. Caracterizado pela compressão extrínseca da artéria subclávia, seja por costela extranumerária ou compressão pelos músculos escalenos médio e anterior.

A propedêutica consiste em posicionar o paciente de pé, com examinador localizado atrás do paciente, palpar o pulso radial do membro ipsilateral à artéria subclávia avaliada. Para localizar o pulso radial, basta localizar o tendão do músculo flexor radial longo do carpo e o processo estilóide do rádio, a artéria radial estará entre esses dois pontos anatômicos. Em seguida à palpação do pulso, realiza-se a abdução, extensão e rotação externa do membro avaliado, sempre com o pulso palpado. É indicado estabilizar a articulação escápulo-torácica para melhor avaliar a manobra e equilibrar o paciente. O próximo passo é pedir para o paciente inspirar profundamente e rotacionar  a cabeça em direção ao lado examinado.

Verifica-se alteração caso haja diminuição excessiva ou ausência do pulso radial quando da inspiração e rotação da cabeça para o lado acometido.

Teste de Spurling e Manobra de Distração

Teste de Spurling e DistraçãoO teste de Spurling é útil para identificar compressões de raízes nervosas da coluna cervical. Esse teste foi descrito em 1944 por Spurling e Scoville e desde então, tem sido propostas diversas modificações para melhorar sua validação e confiabilidade diagnóstica.

A propedêutica do exame consiste em posicionar o paciente, de preferência sentado, com examinador localizado às costas do paciente. Localiza-se a lateralidade da cervicalgia, pedindo-se, em seguida, para que o paciente lateralize levemente sua cabeça para o lado acometido. Em seguida, o examinador exercerá uma força de compressão no topo da cabeça do indivíduo, exacerbando a compressão radicular, evidenciando a dor na região cervical e sua lateralidade, bem como pode haver irradiação para o membro superior ipsilateral.

O teste de Distração é uma teste diagnóstico oposto ao de Spurling. Consiste em descomprimir as raízes nervosas cervicais, por meio da elevação ativa da cabeça do paciente pelo examinador. O examinador, após realizar o Teste de Spurling, ainda localizado posterior ao paciente, que está com a cabeça em posição neutra,  posiciona uma mão nos ramos da mandíbula e a outra na região occipital, realizando um movimento contrário ao de Spurling, elevando a cabeça do indivíduo, proporcionando descompressão das raízes nervosas e relativo alívio da dor antes referida.

Insuficiências e estenoses das válvulas cardíacas

Sem título2 Sem título

Para entendermos  como funciona a semiologia das estenoses e das insuficiências das válvulas cardíacas devemos compreender, primeiramente, como funciona o nosso coração para, depois, entendermos a gênese dos sons cardíacos quando as suas válvulas apresentam seus defeitos mais comuns.

A função das válvulas cardíacas é separar os compartimentos cardíacos ou vasculares/ cardíacos. Para fazer bem este papel as válvulas precisam se fechar e abrir corretamente para manter um fluxo harmonioso entre os espaços contíguos.

Durante a Diástole, há abertura das válvulas atrioventriculares direita e esquerda, também chamadas de Tricúspide (T1) e Mitral(M1), respectivamente, para permitir que o sangue presente tanto no átrio direito, vindo das cavas, como o sangue do átrio esquerdo, vindo das artérias pulmonares, passem aos ventrículos. Uma vez havido todas as etapas de enchimento ventricular e a chegada do impulso elétrico aos ventrículos, há a contração destes. Há, desta vez, fechamento das válvulas atrioventriculares, sendo o componente M1 um pouco mais rápido que o T1( M1+T1=B1). O sague agora passa dos ventrículos para artérias pulmonares e aórtica, passando pela válvula semilunar pulmonar e aórtica, respectivamente, que precisam estar pérvias, ou seja, sem estreitamentos (estenoses), para permitir que o fluxo deste sangue, que está em grandes pressões, vença a resistência pulmonar (via pulmonar) e sistêmica (via aórtica). No mesmo momento, M1 e T1 precisam estar bem fechadas para evitar refluxo desse sangue de alta pressão para os átrios; então é necessário que elas esteja patentes e exerçam bem a função de se fecharem, do contrário serão insuficientes para aguentar o refluxo ventrículo atrial.

Agora, inicia-se a diástole novamente, e as vávulas pulmonar e aórtica devem se fechar para não haver refluxo das circulações extracardíacas para os ventrículos. Por isso, essas válvulas precisam ser resistentes o Suficiente para evitar a regurgitação sanguínea. Do contrário, as válvulas são insuficientes para exerceram sua função.

Com base nisso, podemos fazer o seguinte raciocínio:

Na sístole ocorre:

Fechamento das Atrioventriculares (M1 e T1)

Abertura das Semilunares (A2 e P2)

Na diástole ocorre:

Abertura das Atrioventriculares

Fechamento das Semilunares.

Baseado no esquema supra, podemos inferir aspectos importante da semiologia, caso essas válvulas não exerceram suas funções corretamente. Observemos:

Se uma válvula não se abre corretamente, ela está estenosada.

Se uma válvula não se fecha corretamente, ela está insuficiente.

Os sopros são sons formados, entre outros aspectos, do turbilhonamento de sangue na circulação cardio-sistêmica. Nesses casos por incompetência das válvulas.

Então:

Sopro sistólico (que ocorre durante a sístole)

Sopro diastólico (que ocorre durante a diástole)

INSUFICIÊNCIA MITRAL- SOPRO SISTÓLICO

INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE- SOPRO SISTÓLICO

ESTENOSE PULMONAR – SOPRO SISTÓLICO

ESTENOSE AÓRTICA – SOPRO SISTÓLICO

ESTENOSE MITRAL – SOPRO DIASTÓLICO

ESTENOSE TRICÚSPIDE – SOPRO DIASTÓLICO

INSUFICIÊNCIA PULMONAR – SOPRO DIASTÓLICO

INSUFICIÊNCIA AÓRTICA – SOPRO DIASTÓLICO.

É importante observar que estes sons são mais caraterísticos em seus focos.

veja mais em: http://highered.mheducation.com/sites/0072495855/student_view0/chapter22/animation__the_cardiac_cycle__quiz_2_.html

Enquete Caso clínico

 dor abdominal

 

Paciente chega ao pronto-socorro apresentando-se com febre e calafrios, dor abdominal (principalmente em QSD) e hepatomegalia. Além de sintomas inespecíficos como fadiga, prostração, anorexia, perda de peso, sudorese, náuseas e vômitos frequentes.

Enquete: Tríade de Cushing

Tríade de Cushing, um sinal de hipertensão intracraniana é composta por qual das opções abaixo?

  1. Taquicardia, hipertensão e depressão respiratória
  2. Taquicardia, hipotensão e depressão respiratória
  3. Taquicardia, hipertensão e taquipnéia.
  4. Bradicardia, hipertensão e depressão respiratória.
  5. Bradicardia, hipotensão e taquipnéia.

Em breve, postarei a resposta da enquete!

Pêntade de Reynolds

Espaço de Traube

Espaço de Traube

Ludwig Traube ( 1818 -1876). Médico alemão, de família judia, foi um dos mais importantes professor e cientista de sua época, em que estudou, entre outros assuntos, sobre a asfixia e sobre a febre. Foi muito importante no estudo de doenças pulmonares, desenvolvendo técnicas de Percussão e Ausculta pulmonares. Foi influente para algumas personalidades da áera médica, como Johann Lukas Schönlein’s e Albert Theodor Billroth.

O Espaço de Traube é uma zona de percussão de timbre timpânico de formato semilunar, limitada à direita pelo lobo esquerdo do fígado, acima pelo diafragma e pulmão esquerdos e à esquerda pela linha axilar anterior esquerda. De modo geral, esse espaço tem largura de 12cm e altura de 9cm, projetando-se sobre da 6ª à 9-10ª costelas. A expressão “Traube Livre”, muito usado no cotidiano dos hospitais e acadêmicos, significa dizer que a percussão do espaço apresenta o timbre timpânico e que a loja de Traube encontra-se “livre” de ocupação, conforme normal.

No entanto, alguns fatores podem alterar o timbre da percussão do Espaço de Traube, tornando-se, agora, maciços à dígito percussão do espaço. Além das esplenomegalias, comuns em doenças como Leucemias, doença de Chagas e Esquistossomose, as cardiomegalias, os aumento de volume do lobo hepático esquerdo e os derrames pleurais também correspondem ao “Traube preenchido” ou maciço. Quando o baço aumenta de volume, por qualquer dos motivos, faz seguindo direção obliqua da esquerda para a direita e para baixo, podendo ocupar, inclusive a fossa ilíaca esquerda.

Referências: Benseñor, Isabela M. Semiologia Clinica; http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/2651.html; http://clinicalmedicineupdate.blogspot.com.br/2006/05/gastroenterologytraubes-space.html